Escrevo, pois se falo me ignoram
se choro sou dramática
se reclamo sou ingrata
se me calo sou fria
se grito é um escândalo
eu escrevo...
Escrevo e sinto prazer
espasmos e gula pelo verso
orgasmos verbais e êxtase
escrevo e me liberto
das cercas da traição
das máscaras que enganam e mentem
a ruflar penas reluzentes
vejam só o rumo do poema!
Só sei que escrevo pra viver
não pra vender meu verso
mas pra minha alforria
liberdade ao meu cativo ser
prezo nos grilhões da hipocrisia social.
Escrevo como se o papel fosse um pedestal
e o meu discurso ecoasse pelos ares.
escrevo, escrevo e vou sentindo.
que meu sonho vai se consumindo.
como a onda ao longo desses mares.
1 Comentários
Esse poema traduz a minha essência e desnuda a minha face de poetisa.
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